Dicas de prevenção e cuidados com o Caramujo Africano.

Introduzido no Brasil na década de 1980 por criadores de escargot, um caramujo comestível apreciado em pratos da alta gastronomia, porém, o sabor do Achatina fulica, mais conhecido como “Caramujo Gigante Africano” não caiu no gosto da população. O molusco tem hábito terrestre, por isso o correto é denominá-lo de caracol gigante, mas se popularizou como caramujo africano. O animal é portador de parasitas e pode transmitir diversas doenças. Por não ter predador natural, tornou-se um problema no Brasil.

 

O caramujo africano pode transmitir doenças como a angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça constante e forte, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso, e a angiostrongilíase abdominal que tem como sintomas dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos. Também pode transmitir a meningite eosinofílica, que causa cegueira, paralisia e até mesmo a morte do homem.

 

Quando moradores identificarem o molusco em parques ou áreas públicas, devem contatar a Vigilância Sanitária pelo telefone (47) 3443-6505 ou Vigilância Epidemiológica, no número (47) 3443-2153. No caso de encontrar o caracol no quintal, cabe ao morador fazer a catação e o controle, usando luvas de proteção para recolher o animal, cavar uma vala de no mínimo 40 cm de profundidade, forrar a vala com cal virgem, depositar os caracóis, esmagar as conchas e, por fim, cobrir com cal novamente e com terra. Atenção redobrada para não fazer o buraco próximo à cisterna, poços artesianos, entre outros.

 

Existem também, outras duas maneiras para eliminar os ovos e os caramujos que você encontrar em seu quintal:

1 – Sal: Coloque os caramujos em um recipiente com água e sal (06 colheres de sopa de sal para um litro de água), deixando por algumas horas o molusco coberto pela mistura. O sal causa danos ao meio ambiente, por isso não coloque diretamente sobre o solo. (quebre a concha e descarte corretamente para que não seja um possível foco para proliferação de mosquistos).

 

2 – Cloro: Coloque os caramujos em um recipiente com água e cloro (uma medida de cloro para três medidas de água), deixando por 24 horas o molusco coberto pela mistura. Quebre as conchas, vede bem com um saco plástico e jogue no lixo.

 

Identifique se o caramujo em questão é mesmo o caramujo gigante africano (bordas das conchas afiadas e cortantes) para não colocar em risco o caramujo nativo (bordas arredondas), manuseie e colete o molusco com a utilização de luvas ou saco plástico (atenção para que os mesmos não estejam furados).

 

É importante que os moradores cuidem da limpeza dos quintais, lotes e áreas de uso comum para evitar que o caramujo ou bichos peçonhentos façam visitas indesejadas.

NÃO USE VENENO OU MOLUSCICIDAS! A utilização dessas substâncias tóxicas colocam em risco os moluscos nativos, podendo também causar intoxicação humana e a morte acidental de outros animais, inclusive domésticos.