Estação meteorológica instalada em Itapoá revela dados de ciclone extratropical

O ciclone extratropical que atingiu de forma intensa o território de Itapoá na quarta-feira, 10 de agosto, causou danos e prejuízos consideráveis aos cidadãos, aos patrimônios público e privado.

Foram inúmeros destelhamentos de residências e estabelecimentos comerciais, além de queda de placas, árvores e postes, muitos entulhos trazidos pelo vento, enxurrada e ressaca. De manhã, na primeira parcial de números, foram cortadas 15 árvores que estavam obstruindo o tráfego nas ruas, outras 05 árvores foram retiradas de telhados residenciais, e mais de 30 estavam caídas sobre fios de energia elétrica. A boa notícia é que não houve desabrigados na cidade.
Em paralelo ao trabalho das equipes municipais e da Defesa Civil para atender os chamados, reparar os danos e auxiliar a população, a Secretaria de Meio Ambiente (SEMAI), por meio do secretário Rafael Brito Silveira, recolheu e analisou os dados da estação meteorológica automática A851, instalada no município de Itapoá, de responsabilidade do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
De acordo com interpretação dos dados obtidos, entre a zero hora do dia 10 de agosto e 07 horas do dia 11, o pico de velocidade média do vento aconteceu entre as 12 e 13 horas de ontem, com o registro de 26,6 km/h. Já o pico de rajada aconteceu entre 11 e 12 horas, também de ontem, com 75,6 km/h. Com relação ao volume acumulado de chuva, após medição entre a 01 hora do dia 08 de agosto até 07 horas de hoje (11), a estação revelou que foram 154,8 milímetros precipitados. O maior acumulado por horário, no mesmo intervalo temporal, aconteceu entre 10 e 11 horas de ontem (12,6 milímetros).
A SEMAI também fez a avaliação do nível médio do rio Saí-mirim, com base nos dados fornecidos pela concessionária Itapoá Saneamento, ontem, por volta das 15 horas, no ponto de mensuração localizado na Rua 1.000, no bairro Itapema do Norte, o nível estava em 1,85 metro acima da cota zero. A secretaria afirma que, por volta das 08 horas desta quinta-feira, dia 11, o nível estava em 2,90 metros atingindo seu pico. “A partir de vistoria in loco feita pelos técnicos da SEMAI, verificou-se que o nível médio do rio Saí-mirim, na rua 1.000, já está diminuindo”, afirma Rafael Brito, Secretário Municipal de Meio Ambiente. Segundo ele, a situação de maré de sizígia (lua cheia) contribuiu para o empilhamento das águas oceânicas neste período de precipitação intensa. “Isso impacta diretamente no represamento das águas pluviais e das drenagens advindas de toda a bacia hidrográfica do Saí-mirim. Diante dos dados oficiais da Epagri/Ciram, o pico da maré observada ontem ocorreu às 13h, com 180 centímetros ou 1,8 metro”, acrescenta.
Os danos e prejuízos estão sendo contabilizados pela Prefeitura de Itapoá, sobretudo pela Defesa Civil Municipal, e serão divulgados em breve, juntamente com um relatório oficial.